quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Desvencilhando-me

Nos separamos no sábado e no domingo mesmo você já estava indo embora. Nesse dia eu não senti nem dor e nem alegria, eu só senti uma desordem dentro daquela casa que foi nossa por 5 anos...

Me acostumei com os seus móveis e objetos de decoração, mas ter coisas minhas, só minhas, me soava melhor naquele dia.

Nada de pânico de ambas as partes no domingo, soubemos a hora exata de parar, por mais que isso pareça maluquice, nos separamos com muito amor ainda. Nós nunca desejamos transformar nossa relação em bom dia.

Segunda - feira, a vida volta ao normal. A sua voltou? A minha não, mas deveria...
Pra minha surpresa, quando entrei no carro senti que nada seria como antes, foi assustador demais pra uma mulher que ainda ama mas não consegue conviver mais com o cara. Eu estava mais uma vez sozinha! Chorei enquanto tinha lágrimas pra chorar. Durou dias, semanas e até mesmo meses. Só passou quando me desvencilhei de você totalmente.

Com tudo na vida se aprende algo, com esse amor eu aprendi que nada acaba, a vida segue com você ou sem você... Enquanto te amei demasiadamente foi bom, foi maravilhoso, mas agora é melhor, é um amor manso e pequeno, de outra maneira, quase que vegetal. Assim eu não sofro e consigo me manter civilizada por mais tempo! (Tenho certeza que você gosta mais de mim assim)

Carolina Tardivo

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Alguns agradecimentos!

Eu detesto não estar inspirada pra escrever aqui, mas é assim que tem sido, me falta inspiração!
Como eu disse uma vez, se não estou sofrendo, se não tem nada incomodando, eu não me inspiro!


Como me faltam palavras... Vai aí um pedaço da cronica Obrigada por insistir da maravilhosa Martha Medeiros.

"Obrigada por insistir para eu voltar para você, para eu deixar de ser adolescente e aceitar uma vida a dois, uma família, uma serenidade que eu não suspeitava. Eu não sabia que amava tanto você e que havia lhe dado boas pistas sobre isso, como é que você soube antes de mim?"

"Obrigada por insistir para que eu deixasse você, para que eu fosse seguir a minha vida, obrigada pela sua confiança de que seríamos melhores amigos do que amantes, eu estava presa a uma condição social que eu pensava que me favorecia, mas nada me favorece mais do que esta liberdade para a qual, você que me conhece melhor do que eu mesma, apresentou-me como saída."

"Obrigada por insistir para que eu não fosse àquela festa, eu não teria aguentado ver os dois juntos, eu não teria aturado, eu não evitaria outra escândalo, obrigada por ter ficado segurando a minha mão e ter trancado a minha porta."


Carolina Tardivo

domingo, 5 de dezembro de 2010

Sabe de mim como ninguém...

Uma vez recebi isso de uma amiga e nunca mais esqueci! Ela soube me perceber ao longo dos anos de amizade...


"Me deu uma vontade de dizer alguma coisa de você,
dizer que quando a música toca ninguém te segura, você fica solta , entra tipo num transe e que ninguém ouse de atrapalhar esse momento. que você se apaixona cada vez que olha o mar, e os dias nublados, com certeza, não combinam com você. e que sua busca (eterna) pela perfeição faz de você cada vez mais exigente e por incrível que pareça isso já se tornou uma qualidade sua. e seus medos? bom, aí é com você. mas não que dizer que falte coragem, só que a coragem é moderada, nada é em excesso pra você ( bom, nem tudo, né? ) e seus limites são bem controlados." Ianani Dias.

sábado, 6 de novembro de 2010

Uns homens legais pra chamar de meus....

Entre outros, esses são os mais.

Alguém aí se diz capaz de viver vários amores de uma vez só? Eu digo que consigo e digo mais, eu vivo!

São tantos os homens apaixonantes por aí que é pecado ter que escolher só um pra gente! No meu caso escolhi alguns e de verdade, eles são demais! A lista vai de Chico Buarque até James Franco (aquele lindo do filme Comer, rezar e amar.)

Pra começar, como não se apaixonar pelo Caio Castro?! Aquele menino/homem é tudo de bom, o menino/homem tem um jeito lindo de morder a boca e um sorriso... Evito até assistir TiTiTi!

Mudando o perfil, apresento o cara inteligente, dono de belos olhos azuis e um jeito de lidar com as palavras... A minha frase preferida dela é: pela minha lei a gente era obrigado a ser feliz . De verdade, gostar desse homem me faz muito feliz! Obrigada por existir e escrever isso e mais um milhão de maravilhas, Chico!

Ivan Martins, alguém conhece? Se não, deveria conhecer. O cara tem uma coluna no site da ÉPOCA e escreve sobre os temas que afetam a nossa vida emocional. Tenho certeza que ele é experiente, observador, e acredito que ele seja um grande admirador das mulheres. Me encanto todas as quartas – feiras com o que ele diz... Ô homem pra me dá prazer!

James Franco, o que falar dele? Nada além da carinha de “te quiero” que ele tem e faz questão de ostentar. Menino, quanta covardia, por que faz isso comigo?

Ô Marcelo Adnet, obrigada por me fazer rir com tanta facilidade! Você é O Cara!

Caio Castro me pegaria pela cintura como nenhum homem jamais pegou ou irá pegar, Chico Buarque me renderia ótimas ideias e muita tranquilidade, Ivan Martins me deixaria maluca com tanta sabedoria, James Franco me faria acordar feliz demais só de olhar aquela carinha e o Marcelo Adnet arrancaria de mim as minhas melhores risadas...

Homens, se forem apaixonantes e apresentarem algo a mais, com certeza vocês se tornarão mais um dos meus amores! Se quiserem exclusividade de sentimentos, é melhor não se mostrarem tão interessantes... (Fica a dica Caio Fernando Abreu)

Digam aí se não é um pecado ter que escolher somente um pra amar!



Carolina Tardivo

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

“Você é esotérica e disso eu não gosto...”

Escrevi isso quando eu tinha uns 7, 8 anos e ao longo desses 7, 8 anos eu mal podia saber o quanto isso iria refletir em mim! Burrice a minha achar que eu não teria um pouco disso!

Hoje se alguém disser que não nos parecemos com certeza essa pessoa será a única maluca entre dez que acham o contrario. Mesmo não querendo, mesmo achando que tinha pra onde correr eu fiquei como ela e cada dia mais ainda... O jeito de andar, a maneira como falar, a maneira como brigar (sempre explicando porque eu to brigando), a simplicidade em entender as coisas e aceitar, e também a força de correr atrás de coisas boas ... São muitas as coincidências entre nós duas!

O amor que eu sinto por ela, a necessidade que eu sinto de saber se ela ta bem, se ta feliz, me consome todos os dias, e quando tenho certeza dessas coisas consigo ficar em paz!

Eu sei que se eu disser aqui que a minha mãe é a melhor do mundo eu vou imitar um bando de gente, mas é verdade! Quem diz que a sua mãe não é a melhor do mundo?
Pois então, a minha é a melhor mãe possível desse mundo e eu só posso agradecer por isso!

Hoje é aniversário dela e ela ta longe... Espero que o dia dela tenha sido ótimo, cheio de coisas boas e encontros importantes...


Mãezinha, feliz aniversário!


Carolina Tardivo

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Você...

Já deu pra perceber que esse texto é o meu queridinho, né?! Pois é, to começando a achar que quando tudo ta calmo eu fico sem criatividade!
Ô coisa difícil que é escrever quando to assim...



Escrevo-lhe para dizer o tamanho do meu amor, da minha admiração, da minha confiança e do meu respeito por você. Ficarei longe alguns meses mais isso não fará com que eu te ame menos ou coisa parecida. Acredito muito em nós dois, e só por isso decidi ir. Não se preocupe, ficarei bem assim como você.

Não quero fazer disso um bilhete pra você jogar fora depois, te conheço bem e sei que você não considera muito os papéis pequenos, eles estão sempre na lixeira. De vez em quando você me irrita com essa mania, nem todo sentimento se explica em páginas (se é que é possível explicar).

Só para deixar bem claro. Sentirei muito a sua falta, gostaria que estivesse indo comigo, sua curiosidade me faria conhecer uma França diferente, como sempre foi nas nossas viagens, né?! Você descobre coisas que não estão incluídas nos roteiros turísticos, você faz dos lugares algo muito particular... Gosto disso, gosto de você, gosto da ideia.
Viajo porque preciso, volto porque te amo.

domingo, 10 de outubro de 2010

Ser-te paz

Se fosse assim sempre seria tão bom...

POEMA DO AMIGO APRENDIZ
(FERNANDO PESSOA)

Quero ser o teu amigo.
Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.

Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.

Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Seis dicas pra deixar de ser caso e se tornar namorada

Quando eu li isso pela primeira vez no site da Marie Claire no blog Fale com ele eu achei super engraçado e até um pouco bobo mas, pensando bem, até que não é mentira e eu até diria mais, para deixar de ser caso e virar namoradO essas coisas são muito úteis também no meu caso. Não sei pras outras meninas...
Alguém se habilita a responder?


1) Não faça muita pressão: Princípio de romance é uma dança sem música. É um pisar sem fim de pés, é um batucar de joanetes. É descobrir se o sujeito rebola uma Lady Gaga ou um Stevie Wonder. Vá aos pouquinhos. Passo de formiguinha na hora de escancarar o que vai no peito. Homens ficam com o sovaquinho molhado diante de uma mocinha que exige amor já no primeiro passeio. E que, no segundo, sugere casamento, filhos, velhice conjunta e morte. Ele precisa ser preparado e sovado antes da grande revelação. Modere a língua. A vida é feita também de mentiras e meias verdades. Não dizer às vezes é dizer mais do que dizer…

2) Não persiga: O primeiro encontro é um ensaio do futuro. Jamais cometa a sequência camicase: torpedo, ligação no celular, atualização do Orkut, recado no Facebook, foto no Flickr e e-mail fofo nas 12 horas que sucedem o “boa noite” de estreia. A sua amiga Distância e a sua prima Prudência serão duas eternas aliadas.

3) Não saia contando: Tenho notado que os moços andam curtindo um sussurro, um segredinho, uma zona de suspense e um silêncio antes de que mamães, amigos, amigas, amantes e ex saibam que você existe. Aqui, a melhor coisa é ficar na sua, deixar o pedregulho rolar um pouco. A gente se torna namorado e namorada assim, sem nem reparar, meio no susto.

4) Seja um pouquinho difícil: Ah, se o fácil fosse um clímax, o astronauta fincava bandeira no formigueiro, e não na lua. Quando você está naquela área cinzenta, escura e esburacada das ficadas, o melhor mel é fazer o sujeito sonhar, querer mais. Deu vontade de ligar, aguenta mais umas duas horas. Dê ao moço a chance de se surpreender no espelho sentindo saudades de você.

5) Não engane: Olha, é um chavão torpe, mas eu sou amante das mulheres e dos chavões torpes: seja você desde o início. Porque não tem jeito, a época da ficada é mesmo um palco de patetices. Tanto você como ele, nesse momento, são dois bobocas. Ele, estufando o peito, digladiando o tico e o teco pra mostrar mais inteligência, mais bravura e mais humor do que é possível ter. Você, usando a tanguinha mais pretinha e mais pequenina, escondendo aquele calçolão creme na gaveta mais profunda, engolindo qualquer TPM como se fosse dropes… Mas esse teatro farsesco, ainda que divertido, só pode ir até certo ponto, tá? Homens têm uma profunda desconfiança de mulher que sorri demais, que concorda, que aceita demais. Tenha um defeitinho, por favor! Revele um defeitinho, por gentileza! A gente só embarca num namoro quando sente de que é feito o fundo do tanque: de lama, de grama ou de cimento.

6) Dê tudo de si no sexo! O que e como fazer, vai do seu gosto. Mas esteja lá muito mais de corpo do que de alma. Na hora de o edredom cantar, varra o romantismo pro lixo reciclável e arrebenta a boca do seu Balão barbado. E não encana. Não precisa de malabarismo. É só fazer com gosto, com bastante som, um pouquinho assim de fúria e arranhão, e tá feito…

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Saudades de que exatamente?

Me perguntei isso por um bom tempo da minha vida. Nesse tempo eu reclamava muito do tempo que tinha passado e eu queria que voltasse.
Parei pra pensar de que exatamente eu tenho saudades, porque toda época tem seu tempo bom e ruim.

Eu sinto falta do lado ruim também dessa época. O ruim de ontem não se compara com o de hoje, a pressão de ontem não se iguala nunca com a de hoje... Os meus conflitos parecem bem mais amenos do que quando eu tinha 16 anos, isso é um lado bom, e disso eu não sinto saudades, sou mais tranquila...

Mas bom mesmo é sentir saudades da minha época boa, saudades da época de escola que um dia eu cheguei a dizer que não sentiria, saudades do início de amizade, quando tudo era muito novo e cada conversa descobrisse cada vez mais afinidades, da época que eu não me preocupava com emprego, estágio, em ser uma ótima aluna porque agora sim o bicho ta pegando, to estudando pra ter a profissão que eu amo e que muitas das vezes eu tenho duvidas se é a que eu quero (apesar do meu amor).

Saudades das tardes ensolaradas e lindas da serra onde morei, saudades do cheiro de terra molhada de quando chovia, e acreditem, eu, super verão, super praia ainda consigo sentir saudades do frio tremendo que faz por lá.
Saudades das saídas noturnas escondidas com a minha irmã, saudades do meu quintal gramado e da minha rede na varanda... Saudades de tanta gente e tanta coisa... Até saudades de uma calça jeans eu tenho.

Eu poderia dizer que o mundo é injusto, mas não é. Daqui a alguns anos, ou até meses, eu vou sentir saudades dessa fase que estou vivendo.

Mas além dessas saudades sentidas e vividas eu tenho saudades do que não vivi, saudades estranhas, mas alguém aí sente?!

Saudades, saudades, saudades... Essa palavra tem movido a minha vida ultimamente.


Carolina Tardivo.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Tem gente...

"Tem gente que ama e fica sem palavras. Tem gente que ama e não cansa de dizer.

Tem gente que ama porque só sabe viver com. Tem gente que ama porque não sabe viver sem."

Sou do tipo que ama e fica sem palavras, ama porque não sabe viver sem...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Traição e culpa

Os dois sentimentos andam juntos, de forma exagerada

Nos últimos dias, por alguma espécie de coincidência, eu tive várias conversas em que o tema principal foi traição e culpa, assim juntinhas, como se fossem uma coisa só.

Uma dessas conversas, a que mais me tocou, foi sobre uma mulher de 40 anos que pediu divórcio porque havia traído o marido e não conseguia lidar com a situação. Não disse nada a ele, não disse nada ao filho, simplesmente enlouqueceu de culpa e chamou o advogado. O casamento acabou ali, sem esclarecimentos, com grande sofrimento para todos.

Essa história me fez lembrar outra, de um sujeito que eu conheço à distância. Ele traiu a mulher com uma colega de trabalho, também casada. Mortificado, concluiu que a única solução para mitigar aquela confusão (que havia se tornado pública), era casar com a outra culpada – o que ele fez, rapidamente, numa demonstração pública de coerência e, a meu ver, de falta de juízo.

Há também o caso notório de Woody Allen, o diretor de cinema. Ele enganou a mulher de vários anos com a filha adotiva dela, enteada dele. Quando a bomba explodiu, em 1997, fez o que qualquer sujeito acuado faria: casou com a menina. Minha aposta pessoal é que a culpa dele nesse episódio é tão devastadora, o quase-incesto pesa tanto sobre seus ombros, que o casamento com Soon-Yi nunca vai acabar. Allen, que sempre foi mulherengo, desta vez vai ficar casado para sempre. Precisa provar ao mundo que não é um monstro.

A culpa, eu acho, é um dos grandes motores secretos da nossa vida social. Algumas pessoas sentem culpa desproporcional porque o ato de enganar sexualmente – a traição – ainda se reveste de uma importância despropositada na nossa sociedade. Mas seria para tanto?

Saia perguntando por aí quem já enganou e foi enganado. O porcentual é enorme, entre homens e mulheres. A traição parece ser um fato da vida, sobre o qual não temos estatísticas confiáveis. Dói, mas acontece, repetidamente. Sempre aconteceu. Parece ser uma coisa humana, embora nós tenhamos inventado um monte de regras éticas, emocionais e até policiais para evitá-la.

Outro dia, por necessidade de trabalho, li um longo perfil da candidata Dilma Roussef, escrito pelo jornalista Luiz Maklouf Carvalho. O texto conta que a candidata do PT, quando jovem, esteve envolvida em dois episódios de traição – ambos ocorridos durante a guerrilha, numa circunstância em que (imagino) as noções de lealdade deveriam ser muito exaltadas.

No primeiro episódio, ela, que era casada, envolveu-se com outro homem. Apaixonada, comunicou o fato ao marido, eles romperam e ela juntou-se ao outro. Nada disso deve ter sido fácil, mas parece ter sido simples. Meses depois, Dilma foi presa. Com ela na cadeia, o novo marido teve um caso com uma atriz muito conhecida na época, Beth Mendes. Dramático? Talvez. Imperdoável? Não. O texto relata que ela soube, ficou magoada, cobrou dele, mas continuaram ligados. Anos mais tarde, livres, voltaram a viver juntos e tiveram uma filha.

Esse caso para mim demonstra que, mesmo em situações emocionais da maior intensidade, mesmo em situações aparentemente extremas, sempre ajuda manter alguma noção de proporção - e nenhuma de propriedade.

A proporção é simples: o que a pessoa fez liquida meus sentimentos por ela ou mostra que os sentimentos dela por mim acabaram? Às vezes a resposta a essas perguntas é sim, então é hora de marchar. Às vezes a resposta é não, então se trata de sentar e conversar.

Essa atitude, claro, está baseada no pressuposto de que a propriedade sobre outro ser humano não existe. As pessoas são livres para fazer o que quiserem. Ninguém é dono de ninguém. Deixar de gostar não é crime, abandonar não é delito e mesmo enganar não é um verbo previsto no código penal. As pessoas sofrem quando são deixadas ou traídas, mas isso não lhes dá o direito de virar bicho – muito menos de cometer violência.

Está passando na TV uma campanha do Conselho Nacional de Justiça em que se diz que 10 mulheres por dia são mortas no Brasil por seus parceiros. O número me parece exagerado, mas a situação certamente não é.

Vira e mexe se vê na TV a história de um sujeito que matou a namorada ou a mulher porque ela não queria mais nada com ele. Na cabeça desses bandidos, abandono é crime de morte. Traição também. Se alguém me faz sofrer, eu mato. É monstruoso, mas há, na cultura brasileira, um sentimentalismo licencioso que “compreende” esse tipo de assassino – estava louco de amor, coitado. Coitado nada. Coitado de quem morre e de quem é agredido. Coitado de quem é vítima de um psicótico. Aos agressores e assassinos, cadeia.

Outro dia eu estava numa festa e dei de cara com um sujeito que foi coadjuvante no final de uma relação importante para mim. A mulher me deixou porque estava apaixonada por ele. Durante algum tempo, tive raiva do cara. Eu o via e ficava perturbado. Mas o que fazer? A mulher não me amava mais, a relação tinha murchado, ela foi embora. O tempo passou. No meio da festa, outro dia, eu olhei para o sujeito e percebi que não sentia mais nada em relação a tudo aquilo. Parecia tão importante na época, parecia insuperável, mas acabou, ficou para trás, não deixou rastros. A vida andou, como a vida costuma fazer - desde que a gente não se agarre às memórias com as duas mãos, desde que a gente não fique refém da traição e da culpa.


Ivan Martins - Editor-executivo de Época.

domingo, 22 de agosto de 2010

As lipoaspiradas e siliconadas

Deixando claro que eu não tenho nada contra cirurgia plástica mas tudo a favor da naturalidade.

Como pra mim tudo é motivo de post, o fato de ontem não poderia passar por despercebido.

Cirurgia plástica é uma coisa que eu tenho vontade de fazer desde quando eu me entendo por gente. Mudaria tanta coisa... Nariz, boca, seios, cintura... Mas depois de ontem, depois da social que eu fui e que percebi que eu praticamente era a única natural do lugar, vi que cirurgia não é tão bonito assim.

Quando saber a hora de parar?

Meu medo sempre foi não parecer natural, mas as mulheres de ontem não tiveram esse medo. Exageram na dose, ou na faca... Não consigo acreditar que o corpo delas era tão feio ao ponto que elas decidiram chegar!

Uma tinha silicone nos seios e de quebra, pra aproveitar e se internar uma vez só, já foi logo fazendo a lipoaspiração nas gordurinhas que não saem com malhação, aquelas que ficam abaixo na cintura, eu não sei o nome desse lugar do nosso corpo. Mas então, será que ela precisava de tanto? Mas até que ela ainda tinha aspecto de natural, pior era a outra. A menina teve coragem de tirar da barriga e colocar na bunda, sem contar com o silicone nos seios. Olhando pra ela, não dá pra dizer que ela tinha tanta necessidade assim, mas cada um sabe do corpo e das vontades, não é?

O que eu pude perceber e graças a elas, é que eu não faria muita coisa em mim (mas ainda faria), porque se não for parecer natural, se não for parecer saudável, eu não quero, prefiro o que eu tenho ou outros técnicas menos agressivas.

Carolina Tardivo

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

E pra sempre desejar...





Hoje é aniversário dela. Minha amiga tão querida e amada.

Pri, é sempre tão fácil e ao mesmo tempo tão difícil desejar feliz aniversário pra quem a gente ama, é que a gente já deseja as melhores coisas todos os dias, a gente quer o bem pra sempre e não é justo desejar isso tudo só porque é uma data especial.

Amiga, deixo aqui o meu amor e carinho por você e espero que todos os seus dias sejam felizes e cheios de conquistas. Luz, luz, muita luz pra você sempre!

Te amo muito.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Só pra esclarecer...

Ando sem tempo e com um pé torcido que tem me dado trabalho e cansaço. Taí o fato desse blog estar meio abandonado!

Não gosto disso mas é o que to podendo fazer...


Carolina Tardivo

quinta-feira, 29 de julho de 2010

"Desistir" e "deixar ir" são coisas muito diferentes


Demorei um certo tempo até entender que o desistir e o deixar ir são coisas bem diferentes.

Não é porque desejo que ele seja feliz com outra que eu to deixando de gostar ou estou esquecendo. É o fato dele merecer se feliz e eu também. O bom pra mim nem sempre é o bom pro outro.

A gente precisa viver muito, conhecer muita gente até dizer que aquela é a pessoa! É por isso que o outro precisa ir, viver, experimentar, porque quando for a hora, ele volta.

Eu não o esqueci, apenas o deixei ir! Fico mais tranquila comigo pensando assim.


Carolina Tardivo

domingo, 18 de julho de 2010

O que não falei.

Oi Gabriel, estou aqui, escrevendo covardemente este e-mail, porque não teria coragem de dizer na nossa próxima consulta. Acontece que não dá mais pra eu ser sua psicóloga, não posso mais ouvir você reclamar da vida e principalmente, da sua mulher.

Eu com todo o meu profissionalismo, não devia deixar isso acontecer, mas aconteceu e eu to aqui te pedindo pra não voltar mais porque estou APAIXONADA por você.

Sempre me achei habilitada para essa função, mas agora me peguei aqui, infantil, confusa e o pior, despreparada! Não pense você que estou feliz, sou terapeuta há 5 anos e isso nunca me aconteceu. Eu sei que nós não temos o controle de tudo na vida, mas ainda sim, estou em choque comigo.

Eu ando sonhando com você, e até acho que chamo seu nome na madrugada, mas não se preocupe, moro sozinha e tenho certeza que não grito dormindo. Olha, pra ser sincera, eu devia ter acabado com isso há muito tempo, mas eu não acreditava que era possível. Ontem que veio a confirmação, morri de ciúmes quando você contou da sua noite maravilhosa com ela. Me contorci na cadeira pra não dizer nada...

Mas então, procure outra psicóloga, porque comigo não dá mais!

P.S: Pensando bem, não estou sendo tão covarde quanto eu achei, estou te explicando o porquê não posso mais atendê-lo.
Ah, caso queira me procurar pra outras coisas, você tem meu telefone.

Carolina Tardivo

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O meu corpo vai dançar sem parar...

Vocês precisam saber.

Eu nunca quis morrer, sempre evitei pensar nisso, talvez porque eu não tenha perdido alguém próximo demais, ou até porque, nunca vi a morte de perto como dizem por aí... A verdade é que eu amo viver, amo cada segundo dessa minha vida que na maioria das vezes é monótona, mas que é minha.

Andei pensando o que eu ia querer que fizessem comigo depois que o meu fim chegasse e decidi que, várias coisas serão feitas comigo e por mim. Se alguém quiser me ver feliz depois de morta, faça o que eu vou falar!

Pra começar, eu quero ser cremada, até aí tudo bem, não é?! Mas o que fazer com as minhas cinzas?!

Então, quero que elas sejam jogadas um pouquinho em cada lugar, o primeiro pouquinho eu quero que seja numa praia bem bonita e tranquila que eu ainda não conheci, quando isso acontecer eu aviso!

O outro pouquinho eu espero que vocês joguem numa cachoeira, que tenha muita paz e nada de desmatamento por perto (será que daqui uns 70 anos isso será possível?).

Um outro punhado de mim eu quero que seja jogado numa Igrejinha em Niterói, é nela que eu vou casar e começar a construir o que há de mais importante na vida de um ser humano, uma família!

E mais um pouquinho, mas bem pouquinho mesmo, no pé de uma árvore bem florida e que dê muita sombra.

SE sobrar algo, eu quero que deixem no restaurante Lucca onde tem o petit gateau mais gostoso que já comi. Só peço que sejam discretos pra não arrumarem confusão, hein!?

A minha única intenção é vocês que lembrem de mim com alegria, que saibam da minha preferência pelo petit gateau, da paixão que eu sinto cada vez que eu olho o mar, da minha vontade de ver um mundo ecologicamente correto, se é que isso seja possível, da minha vontade de crescer e ficar forte como uma árvore, da tranquilidade que eu sinto em fluir como uma cachoeira e da fé que eu tenho...

Carolina Tardivo

sábado, 3 de julho de 2010

Beleza cansa

Ela não garante o interesse de ninguém no longo prazo

Vivemos num mundo obcecado pela beleza humana. Ela está na televisão, nos filmes, na capa das revistas, no balcão das lojas do shoping e no restaurante descolado, onde garçons e garçonetes parecem todos modelos.

A beleza nos é oferecida em doses enormes, em vários formatos, para todos os gostos e gêneros. Há loiras altas, morenos fortes, jogadores de pernas grossas e cantoras de barrigas impecáveis. A beleza nos enche os olhos. É um colírio grátis, permanente e intoxicante.

Num ambiente desses, talvez seja inevitável imaginar que beleza é a coisa mais importante do mundo – em nós e nos outros.Essa ilusão circula amplamente por aí, por um motivo simples: a beleza atrai a atenção das pessoas como talvez só a violência consiga com a mesma intensidade.

Diante de uma cena de agressão ou de uma ameaça de agressão, os nossos sentidos se crispam. Quando uma mulher bonita entra pela porta (imagino que um homem bonito cause o mesmo efeito), as sensações também se alteram, mas desta vez na direção do prazer.

A beleza nos torna atenciosos e solícitos, ao menos por algum tempo. É por isso que ela funciona tão bem nos filmes, nas novelas, na publicidade. O prazer de olhar seqüestra os nossos olhos e monopoliza a nossa atenção. Na outra direção, ela dá às pessoas bonitas a certeza de que serão notadas – e a ilusão de que serão amadas.

Mas isso é totalmente bobagem, não é? Todo mundo sabe, ou deveria saber, que a aparência tem um papel importante mas limitado nas relações humanas.

Pense no caso da moça bonita que começou a trabalhar no escritório. Na primeira semana não se fala de outra coisa. Ela é um objeto que os olhos devoram incansavelmente. Passados uns dias, as pessoas se acostumam e o fascínio diminui, até que ela se torne como as outras, uma pessoa normal. Se a moça for uma chata, uma boba, ou uma mosca morta, o processo de “normalização” é ainda mais rápido.

Isso acontece porque, na vida real, nós fazemos contato com a totalidade das pessoas: seus sentimentos, seus modos, sua inteligência, seu humor, seu charme ou sua integridade. As relações humanas reais formam uma teia densa, complexa, na qual a beleza é apenas um componente - relevante, mas não absoluto.

É possível colocar um planeta inteiro apaixonado pela Shakira ou pelo Tom Cruise porque ninguém tem contato com eles. São apenas imagens bonitas, nas quais as pessoas projetam qualquer tipo de sentimento. Mas ponha o Reynaldo Gianecchini ou a Sabrina Sato para trabalhar na mesa ao seu lado. Em uma semana você vai estar reclamando de que ela ri muito alto ou que ele é folgado e se espalha demais para sentar. De perto, todo mundo é meio mala.

E quando se trata de namorar? Em princípio, claro, todo mundo quer gente bonita. Quanto mais bonita, melhor, na verdade. Mas basta olhar em volta pra perceber que não é nada disso.

Aquele sujeito que faz o maior sucesso com as meninas do trabalho, por exemplo. Ele chega ao churrasco da firma com uma mulher que ninguém acha bonita – mas pela qual ele é maluco. E a moça linda, coitada, que dança miudinho na mão de um namorado esquisito e tirânico que só ela acha irresistível? Claro, há aquela garota da praia, absurdamente sensual, com quem o seu amigo saiu duas vezes e não quis mais nada – e agora é ela quem fica pegando no pé dele.

É isso, não é? Beleza, nas relações amorosas, vai até a página dois ou três. Depois tem de incrementar com outras coisas. Ou acaba.

Olhar para a sua garota e achá-la arrebatadoramente linda tem mais a ver com estar apaixonado por ela do que com o fato de ela ser realmente tão bonita. Se ela fosse apenas bonita e você não gostasse mais dela, o olhar seria outro.

Vale o mesmo das mulheres para os homens. Quando elas dizem que nós somos bonitos, a mensagem realmente importante é: eu gosto de você, eu vejo beleza em você. Eu estou aqui com você há 10 anos, há um ano ou há seis meses e continuo interessada no que você diz e faz, naquilo que você é. Por isso, continuo achando você bonito.

Na vida real, a percepção da beleza é mais importante do que a beleza. E tem a ver com uma monte de coisas, inclusive a aparência.

Invam Martins - editor-executivo da revista Época.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Eu quero um destino de anjo! Ou de ninja!

(...) O outro, um engenheiro, me confidenciou que era viciado em sexo, em seguida, que estava viciado em mim. Pois, para o azar dele, sexo não era o que eu procuro nestes dias. Sexo é fácil demais e eu posso dar, porque engana, distrai, e aí a pessoa não percebe que não leva nada de mim, além da minha perícia. Sexo eu uso como arma ou desespero.
Amor é entrega, respeito, é uma ação, é fazer alguma coisa por alguém. Amor é intimidade, e essa eu ainda não estou preparada para dar e tenho medo do que possa vir a fazer com ela.
Sou bonita e passiva. Domino pela falsidade. Acho mais fácil ser controlada, e então fico ali, mosca-morta, esperando. Quando alguém cai na armadilha exerço, docemente, essa outra forma de controle. Só preciso estar atenta para não demonstrar minha autoestima baixa.
Digamos que estou em reconstrução. Quanto a ser feliz, acontece quando consigo fazer algo por mim. Ficar em casa num fim de semana, pintar minhas unhas, ir bem numa prova, estar bem comigo mesma, isso é ser feliz. Só queria não parecer tão eufórica quando um homem me liga. Nem sentir vontade de drogar quando bebo alguma coisa, porque me dá medo de sair. Também preferia não rejeitar quando me sinto rejeitada, só pra ficar no zero a zero.
Não quero mais quebrar o quarto de ninguém, quando a relação não terminar por minha iniciativa, nem sentir raiva do meu pai ou apertar um nó na garganta a cada vez que volto para a terra de onde vim. Agora já sei que meu passado é meu e que também fui responsável por ele, não apenas vítima. Minha verdadeira passagem para o mundo novo, minha reconstrução definitiva, vai se dar quando eu perdoar esse passado, quando eu conseguir deslizar por minhas memórias, caminha comigo mesma e não me recriminar, nem me envergonhar.

Trecho do livro "Eu que amo tanto" da Marília Gabriela.

terça-feira, 22 de junho de 2010

E você não sabe a força que tem!

Quando você chega perto e dá aquele sorriso que me desmonta, fico me perguntando se mereço tanto, me pergunto se é verdade esse mar de felicidades que você me traz. Sentimentos em cima de sentimentos, tanta insegurança que as minhas unhas roídas denunciam pra quem quiser ver...

Você chegou pra mudar tudo que tava normal há um tempão, clareou tanta coisa... Você já é de casa, tem as chaves e o amor dos meus bichos. Bem-vindo, querido!


Carolina Tardivo.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Feliz!

Recebi esse texto de um amigo que sabe bem como gosto da Martha Medeiros, e depois disso, comecei a tê-lo como oração para quando eu não estiver bem. Tudo que eu insisto em não ver, ele me mostra!

Sim, eu sou feliz, apesar de não ter um namorado e muito menos um pretendente, de não ter todo dinheiro que eu gostaria, de ter que acordar cedo, de ter que respirar fundo e engolir todos os sapos que já nem cabem mais dentro de mim. Sou feliz porque sou eu e aprendo cada dia mais a não me cobrar tanto, afinal, faço o melhor de mim, dou o melhor de mim.
Obrigada Vitor.

Feliz por nada.

Geralmente, quando uma pessoa exclama Estou tão feliz!, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.

Digamos: feliz porque maio recém começou e temos longos oito meses para fazer de 2010 um ano memorável. Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz porque alguém o elogiou. Feliz porque existe uma perspectiva de viagem daqui a alguns meses. Feliz porque você não magoou ninguém hoje. Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama.

Esquece. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito.

Feliz por nada, nada mesmo?

Talvez passe pela total despreocupação com essa busca. Essa tal de felicidade inferniza. "Faça isso, faça aquilo". A troco? Quem garante que todos chegam lá pelo mesmo caminho?

Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando "realizado", também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma. Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo? Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.

Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem.

Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre. Adequação e liberdade simultâneamente? É uma senhora ambição. Demanda a energia de uma usina. Para que se consumir tanto?

A vida não é um questionário de Proust. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa.

Ser feliz por nada talvez seja isso.

(Martha Medeiros)

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Não é verdade, mas se fosse!?

Parei de ouvir a nossa música porque simplesmente não dá mais. Tudo me faz lembrar você!

Lembrar um beijo que eu nunca beijei, um cheiro que eu nunca senti, um abraço que não sei se é do meu tamanho, uma voz que ouvi duas vezes, um carinho que nunca foi feito e um afeto que não sei se era só da minha parte!
Ta difícil, fico imaginando se você fosse real mesmo com seria... Fico só imaginando.

Carolina Tardivo

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Não há nada a ser esperado. Nem desesperado.

“Não compreendo como querer o outro possa tornar-se mais forte do que querer a si próprio. Não compreendo como querer o outro possa pintar como saída de nossa solidão fatal.” C.F.A.

As coisas passam, os sentimentos mudam, as pessoas evoluem. E eu queria muito poder ver isso tudo em você. (Percebeu que eu to pedindo pra que não se afaste de mim né?)

Eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento e tive a infeliz ideia de te contar.

Carolina Tardivo.

domingo, 9 de maio de 2010

Correndo o risco de ser redundante...




Amo tanto que hoje, eu não faço ideia de como dizer isso pra você. Não só por ser dia das mães e ter que te encher de elogios (como boa filha que sou), mas por tudo que tem passado, por toda força e tranquilidade que tem demonstrado, por ser a melhor mãe possível como você diz.

Nosso relação não é das melhores. Por muito tempo eu achava que existiam coisas mais importantes pra você do que eu. Na infância você sempre tão "ausente", sempre trabalhando muito pra pagar escola, casa, roupa. Apesar disso, você encontrava tempo pra viajar, brincar na praia, fazia do seu jeito, era presente do seu jeito, protegendo do seu jeito... Só hoje eu entendo essa "ausência", e acho até que a relação vai melhorar quando eu for mãe e entender os espinhos que você coloca no ninho. Você fez o que pôde, hoje eu consigo entender isso.

Hoje te desejo, todas as forças do mundo e as melhores energias que existem! E pode ter certeza, não teremos nunca que agradecer nada do que nos proporcionamos: eu não teria crescido sem a sua proteção e você não envelhecerá sem o meu carinho...

Carolina Tardivo

sábado, 17 de abril de 2010

Você...

Escrevo-lhe para dizer o tamanho do meu amor, da minha admiração, da minha confiança e do meu respeito por você. Ficarei longe alguns meses mais isso não fará com que eu te ame menos ou coisa parecida. Acredito muito em nós dois, e só por isso decidi ir. Não se preocupe, ficarei bem assim como você.

Não quero fazer disso um bilhete pra você jogar fora depois, te conheço bem e sei que você não considera muito os papéis pequenos, eles estão sempre na lixeira. De vez em quando você me irrita com essa mania, nem todo sentimento se explica em páginas (se é que é possível explicar).

Só para deixar bem claro. Sentirei muito a sua falta, gostaria que estivesse indo comigo, sua curiosidade me faria conhecer uma França diferente, como sempre foi nas nossas viagens né?! Você descobre coisas que não estão incluídas nos roteiros turísticos, você faz dos lugares algo muito particular... Gosto disso, gosto de você, gosto da idéia, gosto de viver.
Viajo porque preciso, volto porque te amo.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Pra levar como exemplo.

Há muito tempo ando sem saco e inspiração pra escrever. Coisa feia, eu sei, mas fazer o que?! Recebi um e-mail da minha mãe com um texto bem legal da Martha Medeiros e tá aí, muita coisa importante e eu não reparava...

Atalhos.

Quanto tempo a gente perde na vida?
Se somarmos todos os minutos jogados fora, perdemos anos inteiros
Sim, depois de nascer, a gente demora pra falar, demora pra caminhar, etc.
E aí, mais tarde, demora pra entender certas coisas.
Demora, também, pra dar o braço a torcer.
Viramos adolescentes (aborrecentes) teimosos e dramáticos.
E levamos um século para aceitar o fim de uma relação. E outro século para abrir a guarda para um novo amor.
Quando, já adultos,
demoramos para dizer a alguém o que sentimos,
demoramos para perdoar um amigo,
e demoramos para tomar uma decisão.
Até que um dia a gente faz aniversário. 37 ou 41 anos. Talvez 50 e tal....
Uma idade qualquer que esteja no meio do trajeto.
E só aí a gente descobre que o nosso tempo não pode continuar sendo desperdiçado.
Fazendo uma analogia com o futebol, é como se a gente estivesse com o jogo empatado, no segundo tempo, e ainda se desse ao luxo de atrasar a bola pro goleiro.
Ou fazer tabelas desnecessárias.
Quanto esbanjamento.
E esquecemos que não falta muito pro jogo acabar...
Sim, é preciso encontrar logo o caminho do gol.
Sem muita frescura, sem muito desgaste, sem muito discurso.
Pois tudo o que a gente quer, depois de uma certa idade, é ir direto ao assunto.
Excetuando-se no sexo, onde a rapidez não é louvada, pra todo o resto é melhor atalhar.
E isso a gente só alcança com alguma vivência e maturidade.
Pessoas experientes já não cozinham em fogo brando.
Não esperam sentadas, não ficam dando voltas e voltas.
E não necessitam percorrer todos os estágios.
Queimam etapas.
Não desperdiçam mais nada.
Uma pessoa é sempre bruta com você?
Não é obrigatório conviver com ela.
O cara está enrolando muito?
Beije-o primeiro e veja se ele, realmente, interessa e transmite algum sentimento.
A resposta do emprego ainda não veio? Procure outro enquanto espera.

Paciência só para o que importa de verdade.
Paciência para ver a tarde cair.
Paciência para degustar um cálice de vinho.
Paciência para a música e para os livros.
Paciência para escutar um amigo.
Paciência para aquilo que vale nossa dedicação.

Pra enrolação, um atalho.
O maior possível!

sexta-feira, 19 de março de 2010

E se não for amor?


Tanto melhor: vocês podem ser felizes!

O que eu queria dividir com vocês é outra percepção, mais incomum. A de que o amor nem sempre é bom. Ou, posto de outra forma, que ele, frequentemente, perde para sentimentos supostamente menores que se revelam, ao longo do tempo, mais agradáveis e mais transformadores.

Parece um pouco abstrato? Não é. Se você já teve várias relações amorosas, terá percebido que elas variam de tamanho emocional. Há desde aquelas grandiosas, extra large, que parecem ser maiores do que a vida e causam a maior confusão, até aquelas relações menores, pequenas mesmo, que de tão discretas parecem não mexer com o conteúdo da existência.

O primeiro tipo a gente chama de amor. O outro a gente trata com menos cerimônia: é romance, namoro, caso. Coisa menor, enfim. Mas será que essas denominações refletem, verdadeiramente, a qualidade e a importância dessas experiências na nossa vida? Eu, francamente, já não sei.

Quando se é muito jovem ou quando se é abusivamente romântico, tende-se a colocar as grandes experiências amorosas no topo da nossa hierarquia afetiva. Aquela mulher, imagine, virou a minha vida de cabeça para baixo... Aquela outra, nossa, passei três anos tomado por ela... Essas experiências, mal comparando, são como o terremoto recente no Chile: eventos assustadores, únicos, inesquecíveis por suas terríveis consequências. O amor frequentemente é assim.

Em oposição a isso, há o outro tipo de relação. Sem grandes propriedades sísmicas, ela não chega abalando as estruturas, não põe a nossa vida do avesso e nem tem, aparentemente, os efeitos transformadores dos terremotos afetivos. Quando a gente as está vivendo, parecem coisas tranqüilas, divertidas, intensas no mundo dos sentidos e tão só. Ninguém confundiria essa paz e esse prazer com amor. Se você levanta, vai trabalhar e tem um dia tranqüilo não pode estar amando, certo? Pois é...

Acontece comigo, porém, que à medida que o tempo passa algumas dessas relações menores começam a brilhar na memória como grãos de ouro em meio à poeira. Eu olho para trás e as percebo nitidamente, com saudade. Às vezes é por causa do sexo leve, destituído das tensões que povoam os relacionamentos épicos. Outras vezes me lembro do convívio, igualmente despretensioso, que incluía passeios, ócio e nenhuma das conversas pesadas que parecem ser o oxigênio dos amantes intensos.

Quando eu olho para esses períodos e pessoas breves, enxergo sorrisos, olhos brilhantes, corpos contentes. Há nessas memórias uma espécie de felicidade corriqueira que parece ausente das memórias do grande amor. E há também uma deliciosa gratuidade – eu não estava preocupado em ser amado ou em ser abandonado. Eu simplesmente estava ali e era bom. Embora eu nem notasse quanto.

Hoje me parece que essas experiências, apesar da sua aparência modesta, têm grande importância na formação das pessoas. Elas ensinam calma e prazer. Elas nos inoculam com o vírus da segurança e do contentamento. Elas revestem a vivência afetiva de uma camada de normalidade que o grande amor, frequentemente, não tem.

O grande amor – sejamos francos – nos oprime, nos aflige, nos inquieta. Essas outras coisas, quaisquer que sejam seus nomes, nos libertam. Ao permitir que sejamos nós mesmos, sem medo e sem aflição, elas nos ensinam a ser felizes, em doses homeopáticas.
Da próxima vez que a sua parceira ou seu parceiro perguntar “você me ama” tente ser franco e responder “ainda não”, e acrescente: “e isso é muito bom. Significa que eu estou livre pra ser feliz e pra fazer você feliz”. Pode ser o começo de uma conversa muito boa.

texto de Ivan Martins (editor-executivo de ÉPOCA)

terça-feira, 9 de março de 2010

"Talvez nem me queira bem, porém faz um bem que ninguém me faz."

Por muito tempo acreditei muito nessa frase, hoje já não sei mais...

"Você gostaria de ter um amor que fosse estável, divertido e fácil. O objeto desse amor nem precisaria ser muito bonito, nem rico. Uma pessoa bacana, que te adorasse e fosse parceira já estaria mais do que bom. Você quer um amor assim. É pedir muito? Ora, você está sendo até modesto.

O problema é que todos imaginam um amor a seu modo, um amor cheio de pré-requisitos. Ao analisar o currículo do candidato, alguns itens de fábrica não podem faltar. O seu amor tem que gostar um pouco de cinema, nem que seja pra assistir em casa, no DVD. E seria bom que gostasse dos seus amigos. E precisa ter um objetivo na vida. Bom humor, sim, bom humor não pode faltar. Não é querer demais, é? Ninguém está pedindo um piloto de Fórmula 1 ou uma capa da Playboy. Basta um amor desses fabricados em série, não pode ser tão impossível.

Aí a vida bate à sua porta e entrega um amor que não tem nada a ver com o que você queria. Será que se enganou de endereço? Não. Está tudo certinho, confira o protocolo. Esse é o amor que lhe cabe. É seu. Se não gostar, pode colocar no lixo, pode passar adiante, faça o que quiser. A entrega está feita, assine aqui, adeus.

E agora está você aí, com esse amor que não estava nos planos. Um amor que não é a sua cara, que não lembra em nada um amor idealizado. E, por isso mesmo, um amor que deixa você em pânico e em êxtase. Tudo diferente do que você um dia supôs, um amor que te perturba e te exige, que não aceita as regras que você estipulou. Um amor que a cada manhã faz você pensar que de hoje não passa, mas a noite chega e esse amor perdura, um amor movido por discussões que você não esperava enfrentar e por beijos para os quais nem imaginava ter tanto fôlego. Um amor errado como aqueles que dizem que devemos aproveitar enquanto não encontramos o certo, e o certo era aquele outro que você havia solicitado, mas a vida, que é péssima em atender pedidos, lhe trouxe esse e conforme-se, saboreie esse presente, esse suspense, esse nonsense, esse amor que você desconfia que não lhe pertence. Aquele amor em formato de coração, amor com licor, amor de caixinha, não apareceu. Olhe pra você vivendo esse amor a granel, esse amor escarcéu, não era bem isso que você desejava, mas é o amor que lhe foi destinado, o amor que começou por telefone, o amor que começou pela internet, que esbarrou em você no elevador, o amor que era pra não vingar e virou compromisso, olha você tendo que explicar o que não se explica, você nunca havia se dado conta de que amor não se pede, não se especifica, não se experimenta em loja – ah, este me serviu direitinho!

Aquele amor corretinho por você tão sonhado vai parar na porta de alguém que despreza amores corretos, repare em como a vida é astuciosa. Assim são as entregas de amor, todas como se viessem num caminhão da sorte, uma promoção de domingo, um prêmio buzinando lá fora, mesmo você nunca tendo apostado. Aquele amor que você encomendou não veio, parabéns! Agradeça e aproveite o que lhe foi entregue por sorteio."

Martha Medeiros.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Se você não sabia...

Eu gosto de você porque você tem os ombros largos, e quando você me abraça, me sinto protegida. Eu gosto de você porque dormir com as suas pernas pesadas em cima dos meus quadris às vezes, é desconfortável, mas eu relevo porque estamos abraçados. Eu gosto de você porque nossas conversas são as mais variadas possíveis. Eu gosto de você porque a sua vontade de viver é absurda, ultrapassa a minha. Eu gosto de você porque suavizei meu soco, amoleci minha marcha e transformei minha dureza em dança.

Você quebrou minhas penas, me fez comprar um vestido cheio de babados e rendas, tirou as pedras da minha mão, você fez o que ninguém conseguiu. Eu gosto de você porque isso simplesmente não é difícil de acontecer.

Carolina Tardivo.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

“ser feliz” pelo “parecer feliz”


Li esse texto hoje num consultório enquanto esperava minha mãe sair, a opinião da Martha sobre religião é exatamente como eu penso e nunca soube explicar, aliás, tem tanta coisa simples que eu não sei explicar...

O Deus das pequenas coisas.

"'Me sinto uma fracassada'.Não é uma frase fácil de se ouvir de alguém. Soa até mesmo incompreensível quando se trata de uma mulher linda, rica, que mora numa casa deslumbrante, passa uma parte do ano no Brasil e a outra em Nova York, é casada com um homem igualmente lindo e apaixonado por ela, tem dois filhos que são uns doces, é uma profissional bem-sucedida e já deu a volta ao mundo uma meia-dúzia de vezes. O que é que falta? “Um projeto de vida”, responde ela.Existe uma insaciedade preocupante nessa mulher e em diversas outras mulheres e homens que conquistaram o que, a priori, todos desejam, e que ainda assim não conseguem preencher o seu vazio. Um projeto de vida, o que vem a ser? No caso de quem tem tudo, pode ser escrever um livro, adotar uma criança, engajar-se numa causa social, abrir um negócio próprio, enfim, algo grandioso quando já se tem tudo de grande: amor, saúde, dinheiro e realização profissional. Mas creio que esse projeto de vida que falta a tantas pessoas consiste justamente no que é considerado pequeno e, por ser pequeno, novo para quem não está acostumado a se deslumbrar com o que se convencionou chamar de “menor”.Onde é que se encontra o sublime? Perto. Ao regar as plantas do jardim. Ao escolher os objetos da casa conforme a lembrança de um momento especial que cada um deles traz consigo. Lendo um livro. Dando uma caminhada junto ao mar, numa praça, num campo aberto, onde houver natureza. Selecionando uma foto para colocar no porta-retrato. Escolhendo um vestido para sair e almoçar com uma amiga. Acendendo uma vela ou um incenso. Saboreando um beijo. Encantando-se com o que é belo. Reverenciando o sol da manhã depois de uma noite de chuva. Aceitando que a valorização do banal é a única atitude que nos salva da frustração. Quando já não sentimos prazer com certas trivialidades, quando passamos a ter gente demais fazendo as tarefas cotidianas por nós, quando trocamos o “ser feliz” pelo “parecer feliz”, nossas necessidades tornam-se absurdas e nada que viermos a conquistar vai ser suficiente, pois teremos perdido a noção do que a palavra suficiente significa.Sei que tudo isso parece fácil e que não é. Algumas pessoas não conseguem desenvolver essa satisfação interna que faz com que nos sintamos vitoriosos simplesmente por estarmos em paz com a vida, mesmo possuindo problemas, mesmo tendo questões sérias a resolver no dia a dia. É inevitável que se pense que a saída está na religião, mas dedicar-se a uma doutrina, seja qual for, pode ser apenas fuga e desenvolver a alienação. Mais do que rezar para um deus profético e soberano, acredito que o que nos sustenta passa sim, por uma espiritualidade, porém menos dogmática. É o cultivo de um espírito de gratidão, sem penitências, culpas, pecados e outras tranqueiras. Gratidão por estarmos aqui e por termos uma alma capaz de detectar o sublime no essencial, fazendo com que todo o supérfluo, que não é errado desejar e obter, torne-se apenas uma consequência agradável desse nosso olhar íntimo e amoroso a tudo o que nos cerca."
Martha Medeiros

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Para aqueles que foram e não avisaram.

Um texto da Fernanda Young


Bom, você não foi. E não ligou. A mim, só restou lamentar a sua falta de educação. Imaginando motivos possíveis. Será que você não foi porque realmente não pôde ou simplesmente não quis? Será que não ligou para não me magoar ou justamente o inverso disso?
Estou confusa, claro. Achava que você iria.
Tanto que eu aguardei sua chegada por mais minutos do que deveria, inventando desculpas esfarrapadas para mim mesma. O trânsito, o horário, a meteorologia. Qualquer pneu furado serviria. E até o último instante, juro, achei que você chegaria a qualquer momento. Pedindo perdão pelo terrível atraso. Perdão que você teria, junto com uma cara de quem está acostumada, e assim encerraríamos o assunto. Mas você não foi.
Esperei outro tanto pelo seu telefonema, com todas as esclarecedoras explicações. Para cada razão que houvesse, pensei numa excelente resposta. Para cada silêncio, num suspiro. Para cada sensatez de sua parte, numa loucura específica da minha.
Se você tivesse ligado do celular, eu seria fria. Se tivesse ligado do trabalho, seria levemente avoada. Se a ligação caísse, eu manteria a calma.
Foram muitos dias nessa tortura, então entenda que percorri todas as rotas de fuga. Cheguei a procurar notícias suas pelos jornais, pois só um obituário justificaria tamanha demora em uma ligação.
Enfim, por muito mais tempo do que desejaria, mantive na ponta da língua tudo o que eu devia te dizer, e tudo o que você merecia ouvir, e tudo. Mas você não ligou.
Mando esta carta, portanto, sem esperar resposta. Nem sequer espero mais por nada, em coisa alguma, nesta vida, para ser sincera. No que se refere a você, especialmente, porque o vazio do seu sumiço já me preenche; tenho nele um conforto que motivos não me trarão.
Não me responda, então, mesmo que deseje. Não quero um retorno; quis, um dia, uma ida. Que não aconteceu, assim deixemos para lá.
Estaria, entretanto, mentindo se não dissesse que, aqui dentro, ainda me corrói uma pequena curiosidade. Pois não é todo dia que uma pessoa não vai e não liga, é? As pessoas guardam esses grandes vacilos para momentos especiais, não guardam?
Então, eis a minha única curiosidade: você às vezes pensa nisso, como eu penso? Com um suave aperto no coração? Ou será que você foi apenas um idiota que esqueceu de ir?

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Sabe o que ta na moda? Cuidar do planeta.

É por isso que quero dar uma ajuda “verde” para incrementar o seu início de ano ecologicamente correto! (que seja assim o ano todo.)

1 Depois de um fim de ano pós-COP15 com todo mundo falando sobre mudanças climáticas e meio ambiente, não há mais desculpas para não se preocupar com o assunto. Por isso, o ponto de partida é um kit eco-básico para o dia a dia. Nele não pode faltar: uma eco bag para carregar as compras, uma garrafa reutilizável para colocar água e mug para tomar café no trabalho. Além, claro, de um cesto separado para recolher lixo reciclável.

2 Ainda no básico, um item presente em todo guarda-roupa é a camiseta. Seja com manga ou regata, invista em um modelo ecológico em algodão orgânico ou feito com fios reciclados. Podem ser encontradas em várias lojas e por diversos preços. Tem desde na C&A e Marisa até na American Apparel, Osklen, Redley e verdinha & básica.

3 Outro curinga é o jeans, seja em saia, short, calça ou jaqueta. Opte pelo jeans orgânico ou feito com algodão reciclado, como uma coleção da Levi’s.
Você sabia que o cultivo de algodão usa 25% do pesticida do mundo e ela representa somente 3% da agricultura mundial? Estes pesticidas são responsáveis pela intoxicação e morte de muitos trabalhadores. Então, abra os olhos!


4 Que tal um chinelo ou sapatilha reciclável feita com plástico reciclado? A Melissa tem alguns modelos lindos e a Goóc faz sandálias de pneus reaproveitados (que para quem não sabe geram muito lixo de difícil descarte).

5 E para terminar, um must have mega importante é a eco-bíblia “Green is the New Black”. É sério, se você não leu, vale a pena comprar, ler e deixar na cabeceira. Traz dicas de moda, beleza, comportamento, além de importantes informações de consumo consciente. Disponível na Amazon.

(Pesquisa da Revista marie claire)