quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O que eu não falei.

Oi Gabriel, estou aqui, escrevendo covardemente este e-mail, porque não teria coragem de dizer na nossa próxima consulta. Acontece que não dá mais pra eu ser sua psicóloga, não posso mais ouvir você reclamar da vida e principalmente, da sua mulher.

Eu com todo o meu profissionalismo, não devia deixar isso acontecer, mas aconteceu e eu to aqui te pedindo pra não voltar mais porque estou APAIXONADA por você.

Sempre me achei habilitada para essa função, mas agora me peguei aqui, infantil, confusa e o pior, despreparada! Não pense você que estou feliz, sou terapeuta há 5 anos e isso nunca me aconteceu. Eu sei que nós não temos o controle de tudo na vida, mas ainda sim, estou em choque comigo.

Eu ando sonhando com você, e até acho que chamo seu nome na madrugada, mas não se preocupe, moro sozinha e tenho certeza que não grito dormindo. Olha, pra ser sincera, eu devia ter acabado com isso há muito tempo, mas eu não acreditava que era possível. Ontem que veio a confirmação, morri de ciúmes quando você contou da sua noite maravilhosa com ela. Me contorci na cadeira pra não dizer nada...

Mas então, procure outra psicóloga, porque comigo não dá mais!

P.S: Pensando bem, não estou sendo tão covarde quanto eu achei, estou te explicando o porquê não posso mais atendê-lo. Ah, caso queira me procurar pra outras coisas, você tem meu telefone.

Carolina Tardivo

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Por mais mágico que pareça, uma hora acontece.

Sabe quando você sonha e no sonho a sua vida toda ta misturada? Pois é, sonhei desse jeito essa noite. Eu tava na entrada do prédio que cresci, com pessoas que já passaram pela minha vida e outras que continuam. Era aniversário de uma pessoa não tão intima, mas, eu sei que gosta muito da minha família, inclusive, a dele tava lá e me tratava com muito carinho.

Tinha até ator e atriz no meu sonho, pessoas que eu não sou fã mas resolveram aparecer pra mim. Minhas amigas também estavam lá, eu e uma outra comíamos demais... agora pensando, que coisa feia que fizemos, encostamos na mesa do bolo e atacamos todos os doces,é a nossa cara pagar esses micos. Rs!

Como sonho é sonho e nele tudo acontece, no final das contas eu tava indo pra casa de ônibus e sozinha. Onde aquele povo todo ficou ou foi, eu não sei e nunca vou saber.

A grande graça disso tudo é que por algumas horas ou minutos, não sei bem, eu estive com pessoas e no lugar que eu mais amo. O prédio me lembra muito a minha infância e as pessoas que eu amo e convivo hoje, estavam lá comigo... Só em sonho mesmo para as coisas serem tão mágicas assim!

Carolina Tardivo