quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Então, eu penso, que venha o Ano Novo.

No Dia que vem por aí, que a gente consiga começar de novo.


Que venham os velhos e novos amigos. Que o amor encontre o seu lugar na nossa vida e que saibamos reconhecê-lo, preservá-lo ou deixá-lo morrer, quando for preciso. Que o ano nos traga coragem para fazer coisas novas, coragem também para lidar com as coisas antigas que deixamos de lado. Que neste ano a gente se encontre – uns aos outros e a nós mesmos – de um jeito que produza mudança e transformação. Sem auto-indulgência, sem auto-piedade, sem mi-mi-mi. Que 2012 venha para alegrar a criança que fomos e nos ajudar a ser os adultos que merecemos ser – no novo ano, na próxima semana, no dia que vem por aí.


Sempre ele...Ivan Martins e seu olhar diferente pra tudo!


Feliz 2012!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

De todos, você é o que eu vou sentir saudade

(Mais uma vez ele...)


A gente se conheceu de um jeito bem diferente. Você não fazia o meu tipo nem de longe, mas acabou dando muito certo. Olhar pra você era uma espécie de tranqüilizante pro meu coração. Seu jeito muito leve e solto de ser ultrapassava os meus limites e a minha ignorância diária.

Muito hippie eum jeito de falar que me fazia rir... Você me fez ser diferente e fez eu me descobrir diferente. Larguei muita coisa por você naquela época. Não me arrependo de nada, mas como eu sei bem, quando a gente não é daquele mundo, não tem como ficar nele muito tempo.

A gente tem o direito de querer voltar pro que é nosso.

Pra evitar brigas e mortes de sentimentos, nos afastamos. Sem culpas! Até porque, ela não foi minha e nem sua. É que cada um tem um jeito de ser e cabe a nós aceitarmos aquilo o tempo que acharmos necessário.

Se sinto sua falta? Sinto, mas sinto falta dos momentos bons, não exatamente de você, e tenho certeza que você pensa o mesmo. A gente não se completava, a gente se divertia. Sabíamos (pelo menos eu sabia) que aquilo não daria um relacionamento, não nos rotularíamos como namorados, noivos, marido e mulher. Era bom enquanto durava.

O que acho mais importante nessa história toda é que você me ensinou a ser leve, a admirar mais a vida e o mundo. Me ensinou a enxergar de maneira diferente tudo que eu achava muito normal.

De você, eu só guardo coisas boas. De todos, você é o que eu mais vou sentir saudade.


Carolina Tardivo

domingo, 16 de outubro de 2011

É preciso haver silêncio e afastamento.

Por isso, cuidado ao jogar pela janela relações valiosas. Cuidado ao descartar pessoas queridas. Não há tantas delas assim numa única vida. E cada uma delas leva consigo um pedaço da história da nossa história.

(...) Isso não quer dizer que a gente não tenha de fazer rupturas e avançar. As coisas acabam para que outras coisas comecem. (...)

É preciso haver silêncio e afastamento. Há que permitir que as coisas terminem e que os sentimentos se reciclem. Então, sim, as pessoas podem voltar a se relacionar, de outro jeito.

Quando estamos apaixonados e levamos um pé na bunda, temos a tendência, muito humana, de querer ficar por perto, “como amigo”. Mentira. Todo mundo já fez isso, mas é bobagem. Dói muito e não adianta nada. Quanto termina, a gente tem de cair fora. A amizade virá depois, quando as sensações mútuas forem outras.




Texto do Ivan Martins.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Vivo, logo erro

Alguém costuma se confessar para outra pessoa? Eu sim, mas muitas das vezes, confesso, prefiro guardar para mim o que me perturba. Confessar é revelar a própria culpa, o próprio delito e até mesmo, por quê não, o próprio desejo. É totalmente íntimo, por isso é mais seguro que seja para mim mesma as minhas confissões mais profundas.

A minha intenção não passa de boa vontade. Eu pretendo manter uma relação amigável pro resto da vida comigo mesma, melhor então que não haja segredos.

E digo mais, todas as vezes que me confesso sou devastada por sentimentos horríveis. É uma espécie de "ressaca moral" da verdade, coisa de sentir dor no estômago, e admitir certos pensamentos - e atitudes - me faz sentir uma pessoa perversa, maldosa. O que, de início, não é nada bom. Mas depois de digerido, e devidamente refletido, eu relaxo.

Na verdade, eu acho que perverso, de verdade, é quem não se permite ser o que é de verdade ou o que gostaria de ser.

Então, viro meu travesseiro, ajeito o lençol, e volto a dormir.


Que fique claro que neste blog as coisas se misturam, verdades e mentiras andam juntinhas e convivem muito bem, obrigada!


Carolina Tardivo

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

De todos, você é o que eu vou sentir saudade

A gente se conheceu de um jeito bem diferente. Você não fazia o meu tipo nem de longe, mas acabou dando muito certo. Olhar pra você era uma espécie de tranqüilizante pro meu coração. Seu jeito muito leve e solto de ser ultrapassava os meus limites e a minha ignorância diária.

Muito hippie eum jeito de falar que me fazia rir... Você me fez ser diferente e fez eu me descobrir diferente. Larguei muita coisa por você naquela época. Não me arrependo de nada, mas como eu sei bem, quando a gente não é daquele mundo, não tem como ficar nele muito tempo.

A gente tem o direito de querer voltar pro que é nosso. Pra evitar brigas e mortes de sentimentos, nos afastamos. Sem culpas! Até porque, ela não foi minha e nem sua. É que cada um tem um jeito de ser e cabe a nós aceitarmos aquilo o tempo que acharmos necessário.

Se sinto sua falta? Sinto, mas sinto falta dos momentos bons, não exatamente de você, e tenho certeza que você pensa o mesmo. A gente não se completava, a gente se divertia. Sabíamos (pelo menos eu sabia) que aquilo não daria um relacionamento, não nos rotularíamos como namorados, noivos, marido e mulher. Era bom enquanto durava.

O que acho mais importante nessa história toda é que você me ensinou a ser leve, a admirar mais a vida e o mundo. Me ensinou a enxergar de maneira diferente tudo que eu achava muito normal.

De você, eu só guardo coisas boas. De todos, você é o que eu mais vou sentir saudade.


Carolina Tardivo

domingo, 31 de julho de 2011

Não por ser forte, e sim pelo contrário…

Caio Fernando Abreu... Sempre falando por mim ou de mim!


“Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.

Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.

Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?


A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.

Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará.

A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente.

Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.”

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Gente fina

E a gente vai tentando, com sucesso ou sem sucesso, ser gente fina... O que importa é a vontade que cada um tem de ser melhor amanhã do que foi hoje!

Dá-lhe Martha Medeiros



Gente fina é aquela que é tão especial que a gente nem percebe se é gorda, magra, velha, moça, loira, morena, alta ou baixa.

Ela é gente fina, ou seja, está acima de qualquer classificação.

Todos a querem por perto.

Tem um astral leve, mas sabe aprofundar as questões quando necessário.

É simpática, mas não bobalhona.

É uma pessoa direita, mas não escravizada pelos certos e errados: sabe transgredir sem agredir.

Gente fina é aquela que é generosa, mas não banana.

Te ajuda, mas permite que você cresça sozinho.

Gente fina diz mais sim do que não, e faz isso naturalmente, não é
para agradar.

Gente fina se sente confortável em qualquer ambiente: num boteco de beira de estrada e num castelo no interior da Escócia.

Gente fina não julga ninguém - tem opinião, apenas.

Um novo começo de era, com gente fina,elegante e sincera.

O que mais se pode querer?

Gente fina não esnoba, não humilha, não trapaceia,

não compete e, como o próprio nome diz, não engrossa.

Não veio ao mundo pra colocar areia no projeto dos outros.

Ela não pesa, mesmo sendo gorda,e não é leviana, mesmo sendo magra.

Gente fina é que tinha que virar tendência.

Porque, colocando na balança, é quem faz a diferença.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

O avesso de mim

E sabe quando foi que eu percebi que eu sentiria a falta dela?

Quando ela foi embora de verdade, quando ela largou tudo que nós tínhamos construído juntos naquele apartamento, quando ela parou de acordar ao meu lado, quando ela parou de dormir com a TV ligada, e principalmente quando ela parou de sorrir pra mim.

Eu não imaginava que esse dia ia chegar pra nós dois. Tudo bem que nunca fui o melhor dos namorados, mas eu sempre a quis do meu lado, e sempre achei que querê-la bastaria, que ela viveria bem com o que eu lhe oferecia em forma de amor. Ah, eu nunca entendi mesmo as mulheres e essa era apenas mais uma...

Que nada!

Não sentir o cheiro dela na toalha, não tomar o café forte dela, não dividir o banheiro com ela, não ficar sem fazer nada com ela, não olhar mais pra ela era como acordar e não ver o sol que ela tanto amava e me ensinou a amar, era como ver o jogo do flamengo e não vibrar com cada passe perfeito, era como viver sozinho no meio de milhares de pessoas.

Aquela mulher do andar mole, da cintura fina, do sorriso de lado, do cabelo jogado, da pele branca, dos olhos penetrantes me fez ver que quando se ama, a única coisa que queremos é estar com essa pessoa, e que não podemos fazer o mínimo por ela e achar que assim se vive bem, é necessário ser o mais, o mais inteligente, o mais atraente, o mais apaixonado, o mais...

Eu não sei o que mais, eu não posso saber, eu não fui esse mais.

Carolina Tardivo

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Indo atrás da paz

Eu andava precisando de paz, foi aí que uma amiga me sugeriu viajar. Viajar sem um rumo certo, pra algum lugar ainda desconhecido, ou até mesmo conhecido, mas um lugar que me trouxesse paz, que me permitisse esquecer algumas coisas daquela cidade e me fizesse parar de chorar.

Acho válido tudo que vivemos, cada escolha é um aprendizado, sempre se tira algo bom daquilo, mas as vezes a gente leva um tempo para enxergar essa tal coisa boa. Era assim que eu tava, sem enxergar coisas boas no meu antigo relacionamento e pior, sem enxergar coisas boas na minha vida sozinha. Aquele cara me corroía por dentro todas as vezes que aparecia, não só pessoalmente como mentalmente. Eu estava presa a ele, sem paz alguma pra seguir. Foi daí que surgiu a ideia de viajar...

Minha amiga é maravilhosa, decidiu até dirigir por mim... No meio de todas as nossas conversas durante a viagem, ela me disse que eu estava mesmo precisando de paz, tava escrito pra quem quisesse ler ou entender o péssimo momento que eu me encontrava. Nessa de paz, eu perguntei a ela quem me desejaria paz e ela me disse vários nomes.

_ Além de sua família e amigos, o padeiro e o carteiro te desejariam paz. Os meus pais também, eles não gostam de conflitos inúteis. Seus gatos implorariam por paz, você anda muito ausente com eles...

Aproveitando a onda de desejos da minha amiga, comecei a dizer também quem me desejaria paz, eu não fui humilde. _ Gandhi, Mandela, Bono, Madre Teresa, Dalai Lama e Joana d’Arc. Tenho certeza que, essas pessoas que sofreram e desejaram paz, hoje me diriam: Querida, te desejo toda a paz desse e do outro mundo...

Engraçado é que eu já desejei muito alguma coisa assim, um amor forte, que me fizesse desidratar de tanto chorar. Acho que amadurecer faz a gente querer paz. A minha amiga compartilha da mesma ideia...

Carolina Tardivo

terça-feira, 24 de maio de 2011

Fragmentos de um coração partido

Amei o texto, é do Blog Instante Posterior que fica no site do G1... Vale a pena!


25.04.11 – “Na próxima semana a gente ia completar 1 ano de namoro. Sinceramente, é até difícil acreditar que tenhamos ficado tanto tempo juntos… por mais que minhas amigas me alertassem, por mais que eu mesma soubesse, preferia não enxergar. Acho que era por comodismo, sei lá, medo de ficar sozinha de novo. Afinal, o que eu e ele tínhamos em comum? Um cara autocentrado, mimado, orgulhoso e nada afetivo. Tenho certeza que mereço mais do que isso. Já foi tarde! Terminamos por telefone mesmo, e o melhor é que nem fiquei na fossa.”

63 dias antes – “Hoje tenho certeza de que os seres humanos não foram feitos para lidar com o amor. Digo por experiência própria. Trata-se de um sentimento utópico, totalmente idealizado e em completa anacronia com o tempo em que vivemos. Dividir o mesmo teto com um namorado é, sem dúvida, a maneira mais rápida e eficiente de aniquilar qualquer traço de admiração que se tenha por ele. Dá próxima vez que me envolver com alguém, vou tentar me imaginar disputando o banheiro com o sujeito antes de ir pro trabalho, às 7 da manhã. Taí uma dica infalível para evitar se arrepender mais na frente”.

117 dias antes – “Confesso que às vezes tenho vontade de jogar tudo pro alto. Por que eu tenho que lutar por esse amor sozinha? Concordar com tudo que eu digo pra não brigar definitivamente não parece ser a receita de uma relação saudável. A sensação é que desse jeito estamos apenas ganhando tempo. A pergunta é: tempo pra que? Resta saber se ainda há algo nisso tudo que valha o sacrifício. As coisas precisam melhorar, e rápido.”

175 dias antes – “Gosto de acreditar que é preciso agarrar com unhas e dentes o que se deseja de verdade. Acho que com o amor também é assim. A rotina, os pequenos desentendimentos, a correria do dia a dia, são algumas das armadilhas capazes de nos confundir. Nestas horas parece que tudo vai mal, mas acho que é só impressão. Apesar de saber que a grama do vizinho sempre parece ser mais verde, estou convicta de que não somos diferentes de tantos outros casais que conhecemos. No fundo, o que importa mesmo é que nos amamos, e é isso que sempre faz valer a pena.”

231 dias antes – “Graças a Deus já passei da idade de pensar que o relacionamento ideal é um conto de fadas. Afinal o amor real, o que se pretende pra vida inteira, é um sentimento que se constrói tijolo por tijolo e apesar das divergências. Quando há diálogo, compreensão e, sobretudo, respeito ao outro, não existe dificuldade que não possa ser superada. É por pensar assim que tenho certeza de que quero ficar com ele por muitos anos ainda!”

296 dias antes – “Nossa, eu não sabia como era bom estar apaixonada! Essa sensação indescritível de ficar que nem boba, com frio na barriga só porque vi o nome dele na minha caixa de e-mail. O melhor é perceber através das pequenas coisas que ele também está sentindo isso. Pode ser um pouco cedo pra dizer, mas acho que nunca tive tanta afinidade com alguém como estou tendo agora. Ele me entende de um jeito que parece conseguir ler meus pensamentos.”

359 dias antes – “Acho que ontem a noite conheci o homem da minha vida.”

sábado, 21 de maio de 2011

Aquela última vez

Naquele dia eu senti que aquela podia ser a nossa última vez. A maneira como tudo aconteceu me fez acreditar nisso! Eu já não era mais a mesma, os milhões de assuntos que eu costumava ter, naquele dia me fugiram... E você, sempre do mesmo jeito, mantendo a cordialidade, amizade que sempre me tratou.

Com certeza você não percebeu o que eu queria, a sua amizade tinha que ser apenas mais uma dessas coisas. Tentei deixar claro, mas é assim, a gente só enxerga o que quer! Pra você, como sempre, foi mais cômodo não enxergar! Deu uma de João Sem Braço pra variar.

De você eu vou sentir muita saudade, mas mais saudade ainda eu vou sentir de mim quando estava com você. Acreditei em tanto coisa, te inclui em tantos projetos... Hoje meu mundo é outro, as minhas expectativas contam comigo e comigo!

Sim, eu poderia dividir tudo isso com alguma outra pessoa mas não, não estou a fim de mentir, de fingir que está tudo bem e que o amanhã vai ser melhor ainda... Deixa eu ser verdadeira como sempre. Eu sei bem como é ser usada enquanto o terceiro elemento não decide se te quer!

...Agora você é da outra e eu espero que vocês façam bom proveito de vocês.

O melhor de tudo é saber que, eu, com toda a minha instabilidade e inconstância, um dia vou deixar de chorar por sua causa! Sua presença não me causará mais nada.

Que os meus dias melhorem...

domingo, 15 de maio de 2011

Começando pelo fim

Naquele momento quando tudo parece estar perdido e o único caminho viável parece ser seguir a placa “fim”, nada melhor do que abrir a pasta de fotos. Lembrar daqueles momentos de sintonia e felicidade em que juramos ficar juntos pra sempre, se não renova, pelo menos enche de alguma coisa que não seja mágoa e tristeza. É impossível não amar o que fomos quando estávamos amando. Cúmplices. É impossível não sorrir com o sorriso que demos quando, a dois, decidimos alugar aquele ap. É bom lembrar que escolhemos estar aqui e que nem sempre fomos o emaranhado de problemas que somos agora. Aquela foto em que exibimos nossas alianças com orgulho traz toda a alegria que nos invadiu há alguns anos, quando eu jurei que duraríamos mais do que o sofá... Abrir o arquivo de fotos é ver que não fracassamos, simplesmente deixamos de vencer. É diferente. Ali, naquelas imagens sem cortes, está tudo que deixamos de ser, está tudo que se curva gentil (cúmplice) e anuncia: vai!! Siga teu rumo e esteja pronto pra começar tudo de novo. Não há saída que não leve a algum lugar.

Texto do Blog Eu lia Tu lias

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.

Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo
quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando
melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro
antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de
lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é
covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque
sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência,
pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu
lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua
desajeitada e irrefletida permanência.

Martha Medeiros

terça-feira, 12 de abril de 2011

Ela só quer brincar

Texto da Tati Bernardi publicado na revista Alfa.


Homens só dão importância a meninas de 22 — que parecem tão legais porque estão dando para outros

Bia ficou hospedada em casa. Irmã de uma amiga, veio estudar moda em São Paulo. Logo conheceu Thiago, garoto lindo de 27 anos. Bia tem 22. Thiago era diretor de planejamento em uma agência de publicidade bacana, tinha dois labradores no apartamento enorme que comprou com o próprio suor e gostava de Los Hermanos, Smiths, Radiohead e Novos Baianos. Na época, conheci Gabriel. Excelente gosto musical, nota 7 em sexo (gostoso mas pouco preocupado comigo) e com a melhor das qualidades: piadista. Adoro homem engraçado. Pirei em Gabriel. Quis casar com Gabriel, mas ele sumiu depois de um mês. Fiquei péssima.

Thiago ligou para Bia insistentemente nas primeiras semanas, depois sumiu. Pensei que Bia daria um trabalhão, chorando pelos cantos de casa, tomando meus calmantes para dormir, comendo meus chocolates. Mas, assim que Thiago sumiu, ela já estava saindo com André. Eu seguia sofrendo por Gabriel. Mandando mensagens para ele. Aumentando a terapia. André tem 30 anos e trabalha no mercado financeiro. Triatleta, fala quatro línguas e, pelo que Bia contava, fazia o melhor sexo oral de sua vida. André a levou a Angra com a família. Encantada, Bia nem se lembrava de Thiago. Sua preocupação era o que fazer com Daniel, o cara que conhecera no curso de moda e que estava enlouquecido de amor. Transava como ele no banheiro da escola. Eu seguia sofrendo por Gabriel. Indo a astrólogas. Pensando em mortes suaves. Comprando roupas, bolsas, joias.

Bia, a essa altura do campeonato, já estava com Pedro, melhor amigo de Daniel. Daniel ligava sem parar, mas sem chance: Bia não gosta que peguem no pé. André estava de férias, só voltaria em 15 dias. Não telefonou, e Bia achou bom porque Thiago tinha reaparecido querendo namorar. Homens adoram mulheres que não dão pela falta deles. Eu seguia sofrendo por Gabriel. Com saudade de seu cheiro, seu jeito de falar sorrindo, de seu pé pequeno, de como espremia os saquinhos de shoyo demoradamente, das crises de ansiedade que o faziam abrir a janela emperrada da área de serviço. Bia começou a namorar Thiago, mas exigiu que fosse sem compromisso. Terminou com Pedro, arrumou uma amiga para o Daniel e teve de dizer não a André. Voltou à sua cidade feliz, leve, jovem, tranquila, desligada, meio burrinha e com corrimento. Segui sofrendo por Gabriel, que certamente pegou horror à minha pessoa intensa, exagerada e maluca. A história acaba aqui, mas tem uma moral. A diferença entre as meninas de 22 e as mulheres de 32 são mais do que dez anos. É o peso que temos. Fazer o quê? Já tive o mundo aos meus pés, como a Bia. Minha curiosidade de provar novos rapazes e meu desapego em construir histórias deixavam apaixonados homens de todas as idades. Hoje, se escolho um homem é porque ele tem importância. Importância que a maioria não está disposta a ter, porque sonha com a Bia: uma menina leve, feliz e desencanada. Meus amores: a Bia só é tão legal porque está dando para outro. Mulher ou está dando trabalho ou está dando para outro.

domingo, 20 de março de 2011

Você

"Sinto sua falta
Não posso esperar
Tanto tempo assim
O nosso amor é novo
É o velho amor ainda e sempre..."


Escrevo-lhe para dizer o tamanho do meu amor, da minha admiração, da minha confiança e do meu respeito por você. Ficarei longe alguns meses mais isso não fará com que eu te ame menos ou coisa parecida. Acredito muito em nós dois, e só por isso decidi ir. Não se preocupe, ficarei bem assim como você.

Não quero fazer disso um bilhete pra você jogar fora depois, te conheço bem e sei que você não considera muito os papéis pequenos, eles estão sempre na lixeira. De vez em quando você me irrita com essa mania, nem todo sentimento se explica em páginas (se é que é possível explicar).

Só para deixar bem claro. Sentirei muito a sua falta, gostaria que estivesse indo comigo, sua curiosidade me faria conhecer uma França diferente, como sempre foi nas nossas viagens, né?! Você descobre coisas que não estão incluídas nos roteiros turísticos, você faz dos lugares algo muito particular... Gosto disso, gosto de você, gosto da ideia.
Viajo porque preciso, volto porque te amo.

domingo, 13 de março de 2011

Maktub

Se não fosse A menina que roubava a si mesma postar esse texto no blog dela eu com certeza demoraria muito pra conhecê-lo. Diz muito sobre mim hoje!

Então, ela lutou pra fazer aquele acaso virar destino. Dizia "se aconteceu, estava escrito." Lutou, chorou, perdoou, mentiu pra si mesma enquanto tudo parecia ruir. Acreditava nele mesmo depois de todos os planos que fizeram juntos não fossem mais os mesmos por opção dele. Foi forte, nunca o enganou. Sempre viu na vida de muitas pessoas acontecer reviravoltas, amores arrebatadores, coisas que acontecem nos filmes, sabe? Na vida dela nada acontecia de anormal, nada de arrebatador, só ela mesma lutando com seus próprios limites, medos, encanações e inseguranças. Nada naquela brincadeira podia ser verdade. Tava magoada, mal amada, deixada pra lá, quis arriscar. Tinha certeza que nada abalaria aquela estrutura que ela tinha montado, pedra sob pedra. Tinha os mais puros sentimentos, as melhores intenções, mas não estava sendo retribuída, era um passatempo? Pois, decidiu deixar acontecer e ficou pasma quando viu que o que é destino, rola tão fácil, encaixa tão bem, é tão arrebatador e tão suave ao mesmo tempo. Não fazia força pra ser atendida, era tudo natural. Como podia agora, deixar cair aquilo que segurou por tanto tempo e percebia agora que a força toda pra não desmoronar era ela que fazia. Esqueceu como era bom ter mais uma mão pra ajudar, como era bom...
O problema todo era que ela queria ser dona do seu destino. Nada que estava escrito podia acontecer sem seu consentimento, ela iria escrever a própria estória! Era mimada ou inteligente? Devia deixar o acaso virar destino ou aceitar o que realmente estava escrito?

Diz o mestre:

Daqui por diante - e por algumas centenas de anos - o universo vai boicotar os preconceituosos.
A energia da terra precisa ser renovada. as idéias novas precisam de espaço. O corpo e alma precisam de novos desafios. O futuro bate à nossa porta, e todas as idéias - exceto as que envolvem preconceitos - terão chance de aparecer. O que for importante, ficará; o que for inútil, desaparecerá. Mas que cada um julgue apenas as próprias conquistas: não somos juizes dos sonhos de nosso próximo.
Para ter fé em nosso caminho, não é preciso provar que o caminho do outro está errado. Quem age assim, não confia nos próprios passos.

Paulo Coelho - Maktub

quarta-feira, 9 de março de 2011

Pode ser que um dia eu goste de polenguinho...

Me peguei comendo requeijão hoje, justo eu que detestava requeijão... Pois é, nossos gostos mudam, nossas vontades mudam, tudo muda!

Uma vez fiz uma prova pra vestibular e o tema era “ Empurrando com a barriga”, iniciei o texto falando sobre o assunto, no meio dele citei um casal de amigos que pra mim, estão juntos porque não se acham capazes de conseguir coisa melhor, e terminei o texto dizendo isso, que tudo na vida muda, que a gente enjoa de algumas coisas e que isso é natural, nada de pânico por causa das mudanças. A redação foi tão boa que eu tirei 10, (eu e mais quatro pessoas tiramos 10 sendo 45 concorrentes). De verdade, eu escrevi bem sobre aquilo!

É uma pena eu não lembrar o texto exatamente como ele foi escrito e uma pena maior ainda eu não ter trazido pra casa a redação por normas da instituição. Queria muito colocá-lo aqui.

Mas então, a gente muda, nossos gostos mudam, a gente enjoa de tudo nessa vida, ou pelo menos quase tudo! Não adianta a gente dizer que o amor vai ser pra sempre porque não vai! Uma hora a gente não vai mais querer, alguém mais interessante vai aparecer e aí as coisas vão mudar. Eu não acho que isso seja pecado. Pecado é achar que aquilo já foi bom um dia e viver desse passado.
Outra coisa que enjoa é música, às vezes eu ouço uma tantas vezes que depois não consigo nem ouvir a batida da coitada que fico maluca, assim como fico maluca quando vejo frango na minha frente!

São tantos os motivos por não gostarmos mais de alguém, de alguma comida, de alguma música, de algum cheiro... O mundo é tão grande pra gente ficar restrito a algumas pequenas coisas... Conhecer é muito bom, merecemos sempre mais e mais conhecimento.

Terminando isso daqui eu digo pro tal casal de amigos que eles têm todo direito de serem felizes e isso não quer dizer que tenha que ser só entre eles. Terminar, beijar outras bocas, conhecer gente diferente faz bem, rejuvenesce! Empurrar com a barriga não leva ninguém a lugar nenhum, alias, até deve leva, mas com certeza não vai ser melhor do que fazer com vontade! E termino dizendo também que eu, que detestava requeijão e me vi comendo hoje, ainda posso me ver comendo polenguinho! (Ecat!!)


Carolina Tardivo

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Registrando o final de um cilco

Parece que não fui só eu que acordei melancólica...




Depois de incontáveis dias de sol, um diazinho mais fresquinho e não tão claro como os que têm feito. Isso só me prova a sintonia que eu e ele, o sol, temos... Ele apareceu nos dias que eu estive feliz e acreditando que daria tudo certo, hoje que a certeza virou dúvida e eu estou assim, melancólica, ele resolveu se recolher também! Amém pra nós dois, sol!

Ando com poucas palavras porque as emoções são as maiores e mais inexplicáveis que já senti! Uma hora sai tudo de verdade e de uma vez só, preparem-se!!

“A saudade não tem nada de trivial. Interfere em nossa vida de um modo às vezes sereno, às vezes não. É um sentimento bem-vindo, pois confirma o valor de quem é ou foi importante para nós, e é ao mesmo tempo um sentimento incômodo, porque causa a ausência, e os ausentes sempre doem.” Matando a saudade em sonho - Martha Medeiros





Carolina Tardivo

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Explicando-me...

Um milhão de coisas acontecendo, as mudanças serão enormes...
Tem dias que tento escrever alguma coisa e colocar aqui mas não tem dado certo! Qualquer hora dessas eu consigo passar pras palavras tudo que ta acontecendo.

"Sinto que tenho asas embora eu nunca tenha voado" Joss Stone


Carolina Tardivo

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

E hoje já não fazem mais diferença

Às vezes uma simples ida a praia sozinha te faz pensar em um turbilhão de coisas.

Quando se está apaixonado a gente acha que releva um monte de coisas pelo outro, né?! Eu mesma sempre pensei assim.

Gostei de um menino que enquanto eu listava praia como uma das melhores coisas do mundo, ele dizia que listava umas 10 antes dela. E eu, apaixonada, achava que isso não seria o problema. Eu pensava que poderia ir a praia sem ele ou então, poderia fazê-lo gostar de praia! Mas isso não aconteceu.
Na verdade, a gente não aconteceu por mil motivos, a praia era só mais um desses...

Hoje eu sei o quanto aquilo iria afetar se de fato tivéssemos tido alguma coisa.
Ir à praia pra mim é ritual, é verão, é inverno, é sentir o sol me queimar e chegar em casa ver a marca, é sentir a água geladinha do mar, é a areia trazida pra casa... Praia é muito mais do que um banho e ir embora! Se não curtir, não dá!

Teve outro que fui extremamente apaixonada, com esse eu dei mais sorte. Ele passava o dia na praia, na água. Pronto! Ganhei na loteria, né? Não, não mesmo... Ele era muito dia e eu um pouco da noite também. Sair pra dançar, beber, conversar, coisas totalmente fora da realidade dele. Mas desse eu gostei muito e abri mão de muitos e muitas coisas, então fica fácil saber que passei 4 meses (o meu relacionamento mais longo) sem sair a noite para fazer coisas que eu realmente gostava por causa dele! Mudei até o meu limite por esse carinha aí.

Tiveram outros que me fariam mudar, mas foram paixões mais amenas, mais vegetais! A diferença com esses é que eu já tava sabendo o que queria, o que eu deixaria de fazer, o que realmente importava pra mim... Então não duraram muito mas também não foram menos importantes que esses dois aí.

Com alguns desses eu até fui mais feliz. Eu ri mais, eu saí mais, eu cresci mais, eu me conheci mais!

O que eu não posso negar é que todo sentimento me ensina e me mostra alguma coisa, até mesmo o simples sentimento de felicidade de uma tarde na praia! Foi essa felicidade que me fez pensar nessas coisas aí...


Carolina Tardivo

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Há um tempo em que...


"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos" (Fernando Pessoa).