quinta-feira, 11 de março de 2010

Quanta covardia menino...

Hoje na praia enquanto você andava em direção ao mar fiquei te observando, adorei cada traço seu, cada franzida de testa ou fechada de olho, e quando você voltou achei engraçado o modo como seu cabelo mesmo despenteado é o lado bonito da vida. Eu devorei cada detalhe, absorvi cada sorriso, prendi qualquer toque pra abafar o calor, e quando você me abraçou e eu pude sentir cada pedaço seu, eu descobri aonde eu queria estar daqui a dez, vinte, trinta ou cem bilhões de anos. Hoje não houve nada mais lindo do que você.

Você é a maior covardia com o mundo, você intimida tudo quando mexe no cabelo, confundi o tempo com sua presença, é um absurdo até se comparado com a plenitude dos dias azuis, perto de você nada tem chance. E tudo vira um grande nada com sua ausência, minha retina tão mimada em te ver é egoísta jogada em um grande vazio, meu corpo se da de bandeja aos vícios dos seus toques, é a grande prova da comédia que era a vida antes de você.

E agora que você veio é a poesia com os olhos mais lindos que já vi, você foi o melhor livro que li, a melhor musica que escutei. Ainda não encontrei nada do seu lado que não me fizesse renascer sem um soco no estômago, sem algum jeito brega de dizer que te amar dói a alma, gela a coluna e afoga meu espírito.

Um comentário: