quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O avesso de mim.

E sabe quando foi que eu percebi que eu sentiria a falta dela? Quando ela foi embora de verdade, quando ela largou tudo que nós tínhamos construído juntos naquele apartamento, quando ela parou de acordar ao meu lado, quando ela parou de dormir com a TV ligada, e principalmente quando ela parou de sorrir pra mim. Eu não imaginava que esse dia ia chegar pra nós dois. Tudo bem que nunca fui o melhor dos namorados, mas eu sempre a quis do meu lado, e sempre achei que querê-la bastaria, que ela viveria bem com o que eu lhe oferecia em forma de amor. Há, eu nunca entendi mesmo as mulheres e essa era apenas mais uma...

Não sentir o cheiro dela na toalha, não tomar o café forte dela, não dividir o banheiro com ela, não ficar sem fazer nada com ela, não olhar mais pra ela era como acordar e não ver o sol que ela tanto amava e me ensinou a amar, era como ver o jogo do flamengo e não vibrar com cada passe perfeito, era como viver sozinho no meio de milhares de pessoas.

Aquela mulher do andar mole, da cintura fina, do sorriso de lado, do cabelo jogado, da pele branca, dos olhos penetrantes me fez ver que quando se ama, a única coisa que queremos é estar com essa pessoa, e que não podemos fazer o mínimo por ela e achar que assim se vive bem, é necessário ser o mais, o mais inteligente, o mais atraente, o mais apaixonado, o mais...
Eu não sei o que mais, eu não posso saber, eu não fui esse mais.



Carolina Tardivo.

Um comentário:

  1. sempre mais eh complicado..
    tanto pra querer quanto pra dar..
    =///

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